O Espiritista - Espiritismo de Kardec

A Caridade da Transformação

29-06-2016 11:37


Importante
não esquecer o valor da beneficência que ampara o enfermo, alimenta o faminto e
esclarece o equivocado; da mesma forma, é também imprescindível não esquecer que
precisamos empregar todos os esforços possíveis para alavancar o nosso aprimoramento
próprio em todos os sentidos. Necessário se faz não nos acomodarmos na zona de
conforto em que nos habituamos situar, pois a inércia certamente desenvolverá
em nós o desânimo, a preguiça, o mau hábito de esperar que tudo nos chegue às
mãos sem o mínimo esforço para conquista-los.

Claro
está que também precisamos ter o devido equilíbrio para não nos entregarmos
insensatamente ao desvario da ambição desmedida com que muitas vezes pretendemos
assenhorear-nos dos bens e benefícios da Terra sem o necessário cuidado com a
saúde física e mental, gastando posteriormente tudo que conquistarmos em
remédios para recuperar a saúde comprometida por abusos cometidos.

A
Doutrina Espírita nos solicita empregar a caridade também para conosco mesmo, aquela
caridade que só uma digna educação no sentido mais amplo da palavra, será capaz
de nos fazer compreender a luz de uma fé raciocinada que não pode mais aceitar
atitudes artificiais de quem fala da boca para fora, sem o compromisso com a
ética e a moral que prega aos outros, como se o reino de Deus pudesse ser
conquistado por simples aparências ou pelo emprego de vãs palavras
.

"Aqui, as
palavras do Mestre se derramam por vitalizante bálsamo, entretanto, os laços da
conveniência imediatista são demasiado fortes; além, assinala-se o convite
divino, entre promessas de renovação para 
a  jornada  redentora, 
todavia, o cárcere  do desânimo
isola o espírito, através de grades resistentes; acolá, o chamamento do Alto
ameniza as penas da alma desiludida, mas é quase impraticável a libertação dos
impedimentos  constituídos por  pessoas 
e  coisas,  situações 
e  interesses  individuais, 
aparentemente inadiáveis.

Jesus, o nosso
Salvador, estende-nos os braços amoráveis e compassivos. Com ele, a vida
enriquecer-se-á de valores imperecíveis e à sombra dos seus ensinamentos
celestes seguiremos, pelo trabalho santificante, na direção da Pátria
Universal...

Todos os crentes
registram-lhe o apelo consolador, mas raros se revelam suficientemente
valorosos na fé para lhe buscarem a companhia". (1)

Não
resta a menor dúvida de que o trabalho desenvolvido pelas instituições
espíritas em termos de caridade e fraternidade, para com os necessitados que as
buscam, representa a única ajuda para grande parte desses necessitados, e isso
vem acontecendo desde as primitivas organizações apostólicas do passado remoto
sob a inspiração de Jesus, até os dias da atualidade. No entanto, em termos de
moralidade, o homem ainda não aprendeu a lição proposta pelo Evangelho de
Jesus, que ensina a dividir com seu irmão o que lhe representa o supérfluo e, dirigido
pelo egoísmo não se incomoda com o sofrimento vivenciado pelo seu  próximo, castigado pela fome, pela sede, pela
carência do mínimo que lhe permita viver com dignidade.

Desenvolvemos
sobremaneira o intelecto, conseguimos avançar na busca de garantir os direitos
do indivíduo de ter uma vida mais digna através de leis mais justas, avançamos
cientificamente em todos os sentidos, particularmente na área das comunicações
etc., em contrapartida, nos mantemos bem aquém em termos de moralidade. Isto porque,
continuamos como antes nos digladiando nas Guerras improfícuas, promovendo a
desgraça e a infelicidade, como resultado do estado de ignorância que ainda
cultivamos em relação às coisas do Espírito.

É
importante nos dedicarmos ao exercício da caridade no serviço infatigável do
Bem, mas é imprescindível não nos descuidarmos do trabalho em prol da nossa
reforma moral, combatendo em nós as más inclinações, e ainda, nos consagrando
ao labor da beneficência que nos faça melhores atendendo às instruções do nosso
Mestre e Guia quando nos resumiu as Leis e os Profetas em "amar a Deus sobre todas as coisas
e ao próximo como a nós mesmos
", dividindo com os outros, os valores e
as vantagens que estejamos detendo transitoriamente no mundo, como simples
usufrutuários dos Bens Divinos, e também não nos esqueçamos de que só o
aperfeiçoamento de nossa própria individualidade, com a sublimação de nossos
sentimentos, pode solevar a vida terrestre aos níveis de ventura que lhe cumpre
atingir.

Bibliografia:

1-  Xavier, Francisco Cândido, pelo Espírito
Emmanuel. Livro  Fonte Viva - FEB, 1ª
edição especial, Cap. 5.

Francisco
Rebouças


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